quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O mundo de um poeta

Se o mundo fosse poesia,
Teria rima, métrica e verso,
Não teria limite, nem vírgula nem ponto,
Se a vida fosse poesia,
Seria um conto,
Um lamento solitário,
Um verso ao contrário,
Seria belo, curto e intenso,
Como essa dor,
Esse amor imenso,
Se o mundo fosse poesia,
Tudo o que eu queria,
Era escrever o que penso,
Seja o que for,
Se o mundo fosse poesia,
Uma rosa,
Seria prosa,
Um só verso de louvor,
Pois se o mundo fosse poesia,
Toda estória seria de amor

Poesia para o verso!

Hoje eu queria escrever um verso,
Uma poesia de perdão,
Um só verso, sem melodia, sem refrão,
Algo que em poucas palavras perdoasse meus erros mais imperdoáveis,
Queria escrever um novo conto,
Cheio de vírgulas,
Sem nenhum ponto,
Um verso sem fim que fosse no fim,
A minha verdade,
Um verso eterno,
Um verso que deixasse saudade.

Poema da tristeza.

Escorrem lágrimas,
Às vezes tão secas
Tão amargas,
E palavras mudas,
Vozes caladas,
Termos sinceros
E mentiras honestas,
Ah! Como é bom sofrer de amor,
Pobre é o homem que ama sem sentir a dor
De ter seu peito aberto e seu coração arrancado
Para depois ser largado,
Pobre é o homem que não faz promessas,
O poeta que entende sua musa,
Ah! Saudades dos tempos do verso,
Do amor verdadeiro, da beleza,
Saudade da adolescente tristeza
Do amar inocente, do dizer o que se sente,
Saudoso e belo é o poema da tristeza
Que nas mãos de um poeta é uma certeza
Para acabar com o dor transformado-a em amor.


Luis Gaspar
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Carícia de hoje - Mário Quintana - "O poeta das coisas simples"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Se meus versos tivessem força,
E com eles eu pudesse parar o mundo,
Mesmo que por um só segundo,
Eu o faria,
Se meus versos tivessem voz,
E com eles eu pudesse gritar,
Um grito que faria o mundo inteiro parar,
Eu o faria,
Se meus versos fossem lágrimas,
E rios eu pudesse formar,
Só por uma noite que fosse,
Eu o faria,
Se meus versos fossem divinos,
E com eles eu pudesse escrever destinos,
Por mais simples que fossem,
Eu o faria,
Se meus versos fossem lugares,
E dentro deles eu pudesse me esconder,
Por alguns minutos neles me perder,
Eu o faria,
Pois meus versos,
Fracos, mudos, frígidos, mundanos e virtuais,
São tudo o que tenho, tudo o que sei,
Pois para cada verso dedico algo que amei.

sábado, 9 de janeiro de 2010

o Amor e os versos.

Meus versos me levam os amores,
Não há amor que resista a um poeta,
E não há poeta que resista ao amor,
Não há musa que suporte tamanha dedicação,
Ou histórias que comportem tamanha paixão,
Não há beleza que supere uma poesia,
Em tempo de vida, em força divina,
Assim como não há noites que durem para sempre,
Ou sonhos que não se acabam,
Um poeta é demais para si mesmo e
Por isso se divide em tantos versos,
Se entrega para tantos amores,
Se perde dentre tantas sensações,
Não há erudição que traduza tamanha perfeição,
Perfeição em amar, perfeição em sentir, perfeição em sofrer e viver,
Perfeição que só falha quando a tentamos descrever.